Descontos e processo ágil impulsionam mercado de leilão de imóveis

Volume de arrematações em 2024 supera soma dos dois anos anteriores com deságios de até 70%

Foto: Freepik

Quarenta e quatro mil imóveis foram arrematados em leilão apenas no primeiro semestre de 2024. O número supera toda a soma dos anos de 2022 e 2023, quando foram negociadas 9 mil e 26 mil propriedades, respectivamente. Os dados da plataforma Superbid Exchange mostram crescimento de 86% no setor ao longo do ano passado.

Descontos de até 70% do valor de avaliação e prazos definidos para consolidação das vendas explicam o interesse crescente. Nos leilões judiciais, os deságios (descontos obtidos pelo arrematante na aquisição) chegam a 50%. Em casos de falência ou recuperação judicial, a redução pode alcançar 70%, segundo o levantamento. 

Pessoas físicas representam 92,6% dos compradores, com idade média de 43 anos. Casas concentram 30% das negociações, apartamentos ficam com 26,8% e terrenos urbanos somam 19,2%. Para quem busca  como participar de leilão de imóveis, as oportunidades se multiplicaram em todas as regiões do país.

Caixa lidera ofertas com 25 mil imóveis

As instituições financeiras intensificaram a disponibilização de imóveis. A Caixa Econômica Federal liderou o movimento, oferecendo mais de 25 mil propriedades para leilão em 2024, crescimento de 220% em relação aos 7.700 imóveis disponibilizados em 2022. O banco também flexibilizou as condições, permitindo entrada mínima de 5% do valor total e financiamento dos 95% restantes.

Outras instituições seguiram estratégia similar. O leilão de imóveis Itaú incorporou facilidades como quitação das dívidas da propriedade até a data do evento. Leilões judiciais passaram a aceitar parcelamento. Nos extrajudiciais, financiamentos podem chegar a 35 anos, conforme os dados da Superbid Exchange.

Interessados em imóveis em leilão no Rio de Janeiro encontram mercado aquecido na região. Os dados de dezembro de 2024 mostram que o Sudeste concentrou 223 propriedades; o Sul teve 144; e o Nordeste ficou com 114. Centro-Oeste e Norte somaram 72 imóveis. 

Crescimento deve continuar em 2025

O levantamento projeta avanço de 70% no número de leilões para este ano. Os bancos mantêm a estratégia de ampliar ofertas. A digitalização dos processos permite participação on-line, eliminando barreiras geográficas, e sites especializados dos leiloeiros oficiais concentram informações sobre propriedades disponíveis em todo território nacional.

A agilidade processual diferencia os leilões do mercado tradicional. Após a notificação oficial da dívida, o devedor tem um prazo de 15 dias para quitar o valor integral em atraso; caso não o faça, a propriedade do imóvel é consolidada em nome do credor e registrada na matrícula, podendo ser levada a leilão público em até 60 dias.

Prazos e regras definidos nos editais facilitam o planejamento dos compradores. Cada documento especifica condições de pagamento, características dos imóveis e possíveis pendências.

 

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