As festas de fim de ano voltaram às agendas das empresas e reacenderam dúvidas clássicas sobre comportamento e vestuário. A confraternização costuma ser um momento importante de integração e pode, inclusive, fortalecer relações de trabalho, mas também é um cenário em que pequenas gafes se tornam memoráveis. Dessa forma, com orientações práticas, é possível atravessar o evento com tranquilidade.
- O manual do “não faça”
Se a confraternização é uma oportunidade de aproximação, também pode se transformar em cenário de situações “inesquecíveis”. As principais delas continuam ligadas a excesso de álcool, comportamento dispersivo e comentários inadequados. Esses eventos, embora sejam informais, não são terrenos livres para atitudes impulsivas. Exagerar na bebida é o erro mais recorrente e pode comprometer a imagem profissional, gerar situações constrangedoras e até conflitos.
Os deslizes também aparecem na postura com colegas. Piadas impróprias, intimidade excessiva e comentários sobre aparência podem gerar desconforto e repercussões internas. O mesmo vale para publicações nas redes sociais: registrar o evento é natural, mas postar fotos de pessoas sem autorização pode criar mal-estar. Outro erro comum é escolher roupas inadequadas, que podem passar a impressão errada.
Outro ponto destacado por Eliane Ramos, presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil), em entrevista ao InfoMoney, é que o evento não deve virar uma reunião improvisada. A orientação é apostar em conversas leves, evitando cobranças, reclamações ou temas sensíveis.
Ramos reforça ainda que a confraternização é um momento valioso para interagir com colegas de outras áreas e níveis hierárquicos, quebrar panelinhas e ampliar conexões que nem sempre surgem no dia a dia.
De forma geral, o cuidado é simples: aproveitar a festa com leveza, sem perder de vista que o ambiente segue inserido no contexto corporativo.
- Decifrando o “dress code”: o que vestir na confraternização?
Entre as maiores dúvidas da festa da firma, está a escolha do look. A festa não é uma extensão do expediente, mas também não é balada. O equilíbrio, portanto, é fundamental. Em entrevista ao portal Terra, a advogada e influencer de moda Dayane Matos explica que é preciso encontrar o meio-termo entre peças elegantes e descontraídas, considerando o local, o horário e o estilo da empresa.
“Em ambientes mais formais, como restaurantes sofisticados, é adequado elevar o nível de sofisticação; em eventos descontraídos, como bares e espaços ao ar livre, vale apostar no casual arrumado”, sugere a influencer. Portanto, o look deve refletir respeito ao ambiente profissional, mas com mais liberdade do que a rotina de trabalho normalmente permite.
Para homens, o estilo “smart casual” se tornou referência, pois combina conforto e elegância, sem rigidez. É possível combinar um blazer leve com uma calça de sarja e um tênis casual masculino de cor neutra, criando um visual moderno, adequado e sem exageros.
Já para mulheres, peças como vestidos midi, calças de alfaiataria, blusas estruturadas e sandálias discretas são escolhas seguras. O importante é evitar excessos, brilhos muito intensos, transparências e elementos que façam o look parecer mais alinhado a uma festa noturna do que a um encontro corporativo.
- Leveza, postura e escolha consciente
Festas de fim de ano empresariais são, além de uma celebração, momentos de integração e reforço das relações profissionais. A forma de aproveitar esse encontro depende tanto de uma postura cuidadosa quanto de escolhas adequadas de vestuário. Evitar gafes e compreender o dress code não serve para limitar a diversão, mas para garantir que o evento seja lembrado de forma positiva.
Com atenção aos principais comportamentos a evitar, é possível participar de forma descontraída, profissional e segura, fortalecendo vínculos e deixando uma impressão consistente no ambiente de trabalho.
