Carlo Manichini de Abu Dhabi quer modificar o status do imóvel para residencial
O empresário italiano Carlo Menichini de Abu Dhabi, tenta retomar obras do edifício do Hotel Glória, primeiro cinco estrelas do Brasil, construído em 1922, e que hoje está abandonado.
O projeto de restauração do Hotel Glória foi interrompido em 2012, e em 2016, o fundo Arabe Mubadala de Abu Dhabi assumiu o Hotel Gloria do grupo EBX, do império de Eike Batista, mas quando o Grupo EBX não conseguiu cumprir certas obrigações nos termos do investimento original da Mubadala, o processo de reestruturação parou.
Menichini é conhecido por ter participado, com a sua empresa AHTV (www.ahtv.ae), para a realização de alguns dos mais prestigiados projetos de construção realizados nos Emirados Árabes, o último, o novo e ultra moderno museu do Louvre de Abu Dhabi, um projeto do custo final de seiscentos milhões de dólares.
O empresário explica que a situação do projeto hotel Gloria é bastante complexa: “É uma pena ver um edifício tão bonito e prestiosp, mas que perdeu suas características de unicidade e prestígio, conforme quando escrito na placa colocada fora do edifício: “omni temporae praestans” (excelente ao longo do tempo)”.
O desejo de Carlo é transformar o antigo hotel em um prédio residencial. “É minha intenção, se a atribuição que recebi após a fase inicial de estudo para a renovação do hotel for confirmada, manter intacta a beleza e o estilo do edifício, em conformidade assim com o desejo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) . No que diz respeito ao uso do edifício, com grande sinceridade devo dizer que a probabilidade de este edifício continuar sendo um hotel há poucas chances. Isto de acordo com estudos realizados sobre a demanda do hotel na cidade do Rio de Janeiro, com base nesses resultados, um investimento em um novo Hotel Gloria, até à data, não seria lucrativo.
Portanto iremos verificar se existem as condições para mudar o destino do Hotel Glória desde o uso do hotel até o uso residencial. Essa será uma decisão à ser tomada pela Prefeitura do Rio de Janeiro”, disse o empresário Carlo Menichini.