A alienação parental é um dos temas mais delicados e recorrentes no Direito de Família, especialmente em casos de separação conjugal. Quando um relacionamento amoroso chega ao fim, é comum surgirem conflitos entre os ex-cônjuges.
No entanto, a advogada Flávia Zaparotti Bueno Franzé, defende que o fim de uma relação amorosa não deve afetar o vínculo entre pais e filhos. “O fim do relacionamento entre o casal não significa que a relação entre pais e filhos deva ser rompida. O vínculo parental deve ser mantido e protegido”, afirma.
Esse processo de alienação parental, em que um dos genitores influencia negativamente a criança contra o outro, pode causar sérios danos emocionais. Segundo Flávia Zaparotti Bueno Franzé, essa prática pode gerar sentimentos de culpa, ansiedade e confusão na criança, que passa a se sentir pressionada a escolher um lado. “A alienação cria um ambiente emocionalmente prejudicial, impactando o desenvolvimento psicológico da criança e destruindo sua capacidade de manter uma relação saudável com ambos os pais”, destaca a especialista.
Ela também alerta que muitos pais que praticam a alienação parental fazem isso por ressentimento, sem considerar as consequências para o bem-estar da criança. “É importante que os pais parem para refletir sobre o que realmente é melhor para a criança, em vez de focarem nos conflitos pessoais. O diálogo sobre os sentimentos da criança deve sempre ser uma prioridade”, orienta a advogada. Para ela, garantir o convívio saudável com ambos os pais, sem imposições ou barganhas emocionais, é essencial para preservar o equilíbrio emocional da criança.
Outro ponto crucial abordado pela especialista é a necessidade de proporcionar situações em que a criança possa se sentir confortável ao interagir com o outro genitor, como uma forma de neutralizar os efeitos da alienação parental. “Criar momentos de qualidade com o genitor alienado oferece à criança a oportunidade de reconstruir a relação de maneira saudável, sem ser influenciada por percepções negativas”, explica Flávia. Saiba mais sobre o impacto da alienação parental no JusBrasil
Ela também reforça a importância de distinguir as relações amorosas das parentais. “Enquanto as relações amorosas são fruto de escolhas, o vínculo entre pais e filhos é inato e não pode ser manipulado ou comprometido devido aos conflitos entre o casal”, afirma. Segundo Flávia, os pais devem priorizar o bem-estar emocional dos filhos, assegurando que mantenham um relacionamento positivo com ambos os genitores.
Por fim, atuando há anos em casos de alienação parental, Flávia faz um alerta sobre o uso do afastamento do outro genitor como uma forma de “proteger” a criança. “Criar um ambiente de hostilidade faz com que a criança se sinta culpada e sobrecarregada por conflitos que não pertencem a ela, resultando em traumas que podem marcar sua vida”, adverte.
Ao concluir, Flávia Zaparotti Bueno Franzé destaca que, ao tratar da alienação parental, o foco deve estar sempre no bem-estar da criança. “Manter o equilíbrio emocional e um relacionamento saudável com ambos os pais é o mais importante, independentemente dos conflitos conjugais”, finaliza.
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