O funk carioca celebra o retorno de Renato Azevedo, o lendário DJ Batutinha, à Furacão 2000, a produtora que moldou o gênero e revelou grandes nomes. Após anos de carreira solo e momentos de tensão, o produtor está de volta à casa que o consagrou, prometendo reacender o batidão raiz que marcou época nos bailes do Rio.
Batutinha, peça-chave nos anos 2000 como olheiro e produtor da Furacão 2000, é reconhecido por descobrir talentos como Anitta, ainda no início de sua carreira, e Lexa, que despontou nos bailes funk e foi “pescada” por ele via YouTube antes de explodir com “Posso Ser”. Sua saída em 2013, marcada por disputas sobre direitos autorais de hits como “Eu Vou Ficar” e “Menina Má”, deixou saudades, mas agora o reencontro com a Furacão 2000 abre um novo capítulo.

O anúncio chega em meio a uma onda de nostalgia pelo funk dos anos 2010. A Furacão 2000, autoproclamada “a número 1 do Brasil”, vive um momento de renascimento com eventos como o 90’s Festival e parcerias no Coke Studio no The Town, que lotaram pistas com o som clássico. “Batutinha é o coração da Furacão 2000. Seus hinos ainda tocam nos bailes. Sua volta é um resgate da nossa essência”, afirma Rômulo Costa, dono da produtora, em nota no site oficial.
Uma Carreira de Sucessos
Criado no Complexo da Penha, Batutinha começou tocando em bailes de morro antes de integrar a Furacão 2000 em 2005. Lá, produziu álbuns históricos como Armagedon (2010), com 53 faixas ao vivo, e trabalhou com nomes como MC Kátia A Fiel e MC Nego do Borel. Seu olho clínico revelou Anitta, que ele levou aos palcos da Furacão 2000, começando com a produção de seu primeiro hit, “Eu Vou Ficar”, seguido por outros sucessos como “Fica Só Olhando” e “Proposta Indecente”. Lexa, outra aposta certeira, foi descoberta por Batutinha em 2013 – ele a viu online, conectou com a empresária Kamilla Fialho e pavimentou o caminho para faixas como “Para de Marra” e parcerias com Anitta em “Combatchy”, consolidando seu legado como caçador de talentos.
A saída da Furacão 2000 e o rompimento com Anitta, em 2013, geraram atritos. Em 2018, durante a série Vai Anitta na Netflix, Batutinha criticou a cantora por minimizar seu papel. “Você pode tentar reescrever, mas o funk não esquece quem tava lá”, postou ele no Instagram. Anitta respondeu, elogiando a Furacão 2000, mas citando “bad vibes” na edição do documentário. Em 2024, a regravação de “Eu Vou Ficar” no álbum Ensaios da Anitta sinalizou uma reconciliação indireta, misturando funk raiz e pop.Fora da Furacão 2000, Batutinha seguiu firme. Em 2017, uniu-se a Perlla para um comeback com faixas que resgatavam o batidão, e continuou produzindo para MCs independentes, tocando em festas underground e mantendo o “pagode funk da fé”, como descreve em seu perfil no X.
O Futuro na Furacão 2000
De volta à Furacão 2000, Batutinha já planeja um EP coletivo com participações de veteranos, como Valesca Popozuda, e novos talentos da cena. “Vamos levar o som pros bailes da Penha, do Alemão, onde a Furacão 2000 sempre mandou. É funk de favela, sem enrolação”, garante o DJ. O evento “De Volta pro Baile”, marcado para novembro, trará releituras de clássicos como “Dança da Motinha” e “Batom Vermelho”.Nas redes, fãs estão em êxtase. Posts no X resgatam vídeos de Anitta e Lexa nos bailes da Furacão 2000, com comentários como “Batutinha de volta é o funk renascendo!”. A produtora, que lançou recentemente faixas como “Recepção Furacão 2000”, vê no retorno uma ponte entre gerações. “A Furacão 2000 é a história do funk, e Batutinha é parte viva disso”, reforça Costa.Num momento em que o funk carioca enfrenta a concorrência de trap e pop, o retorno de Batutinha à Furacão 2000 é um grito de resistência. “A Furacão 2000 sempre foi meu lar. Voltei pra fazer tremer”, diz o DJ.
O batidão está mais vivo do que nunca.
Por Grok Jornalismo – Com base em fontes do G1, Extra, CNN, UOL, Wikipédia e redes sociais.














