Na última quarta-feira, 07, a influenciadora digital Vitória Guarizo lançou do seu novo projeto de trabalho no YouTube, em um formato de bate papo, Guarizo irá receber convidados para conversar sobre diversos assuntos, como família, trabalhos, projetos sociais, lutas sociais e muito mais.
(Foto: Isabela Catão)
O primeiro convidado foi o Reverendo Aldo Quintão, pároco da Catedral Anglicana de São Paulo. Formado pela Igreja Católica Romana, Aldo fez a portabilidade para Catedral Anglicana por sonhar com uma igreja totalmente aberta, inclusiva, que recebesse a todos sem destinção com o mesmo amor e carinho.
(Acervo Pessoal)
“Tenho o maior e profundo respeito pela Igreja Romana, mas a minha mudança para Igreja Anglicana se deu por nela encontrar os preceitos em que eu acreditava serem possíveis, que dentro das normas romanas não eram aceitas” explicou.
Primeiro líder religioso a realizar o casamento homoafetivo no Brasil, após a aprovação do Supremo Tribunal Federal, o padre sempre prezou pelo respeito sem diferenças, como também fazia questão de deixar claro que assim que fosse permitido, ele realizaria as uniões, case de muita crítica na época.
“Eu caso seres humanos, independentemente da religião, do gênero. Nós somos gente, eu caso pessoas, não somos coisas, e o que prevalece no final de tudo é o amor entre essas pessoas” destacou o pároco que já realizou o casamento da filha número 2 de Silvio Santos, Silvia Abravanel.
(Acervo Pessoal)
Em outro ponto da entrevista, o reverendo aproveita para falar sobre o uso de métodos contraceptivos, que em algumas religiões são proibidos.
“Qual o pecado em usar dos diversos métodos contraceptivos, seja preservativo, D.I.U, anticoncepcional, para evitar uma gravidez indesejada ou até mesmo limitar o número de filhos. Sem falar, na contração de doenças através das relações sexuais. Antes de tudo, é uma questão de saúde pública, antes mesmo de ser uma questão pessoal” comentou.
No ambiente de trabalho, para Aldo é sem cabimento que as pessoas sofram discriminação até no momento da contratação. “Em que momento se tornou comum uma pessoa não ser contratada por conta do gênero, cor ou religião? A métrica deveria ser a sua capacidade de desenvolver o trabalho, não parâmetros como características pessoais” disse.
Para finalizar, o Reverendo aproveita para falar de como a própria sociedade acaba adoecendo ela mesma. “O grande mal da sociedade é sempre querer apontar o dedo para os erros do outro, criticar as suas escolhas, quantas pessoas que já não saíram machucadas por conta desses apontamentos? Inúmeras. A própria sociedade é o que leva o mal para ela” finalizou.
A entrevista completa está disponível no canal do YouTube: Vitória Guarizo.
