Renata Piazera, farmacêutica da Fórmula Animal Farmácia de Manipulação Veterinária, explica quais aspectos devem ser avaliados antes de ter um bichinho em casa
O Dia das Crianças está chegando e muitos pais se perguntam sobre o que presentear os pequenos nessa data especial. Muitas crianças pedem um bichinho de estimação, mas antes de ceder ao pedido, é preciso refletir bastante sobre a decisão, pois, em muitos casos, a tarefa de cuidar do animal acaba ficando para os mais velhos.
Ter um pet traz muitos benefícios para as crianças, como desenvolvimento de habilidades motoras e sociais, senso de responsabilidade e melhora da auto estima. “Há vários estudos que comprovam que o convívio com animais ajuda os pequenos a desenvolverem sentimentos, como alegria, tristeza, compreensão, frustração e até como lidar com a morte, que podem ser complexos para os mais novinhos. Outro benefício é estimular o afeto, principalmente em lares onde os pais trabalham e ficam fora durante o dia”, ressalta Renata Piazera, farmacêutica da Fórmula Animal Farmácia de Manipulação Veterinária.
Para quem quer ter um animal de estimação, mas ainda está em dúvida sobre qual seria a melhor escolha, a farmacêutica dá algumas dicas: “Há diversas raças de cachorros que são ótimas para quem tem crianças, como o Labrador Retriever, Beagle, Collie, Buldogue Francês e Pug, que são bastante sociáveis. Os pais devem levar em consideração o tamanho do animal em relação ao espaço disponível em casa. Não é aconselhável que um Labrador seja criado em um apartamento de 50m², por exemplo. Já os que preferem gatos, o Bengal, o Ragdoll e o American Shortair são raças que são bastante apegados aos donos”, explica Renata.
Porém, nem tudo são flores. Os pais precisam pensar e avaliar a situação financeira da família antes da decisão final. “Qualquer animal de estimação precisa de visitas periódicas ao veterinário, devem tomar vacinas, medicamentos de prevenção às pulgas, vermífugos, além de ter uma alimentação adequada e higienização, como banhos, tosas e escovação de pelo e dentes. Dependendo da raça e da idade do pet, esses gastos aumentam consideravelmente. Por isso, é fundamental refletir sobre esses aspectos e ter certeza de que as finanças da casa não serão prejudicadas por conta dessas despesas”, afirma Renata.
A farmacêutica ressalta um detalhe importante e que pode melhorar ainda mais o desenvolvimento das crianças. “Adotar um bichinho de estimação promove a consciência, desde pequeno, de que animais não são objetos de comércio e que há muita crueldade por trás da venda de pets. Além disso, há muitos cães e gatos que precisam de um lar, pois foram abandonados ou sofreram maus tratos. Animais adotados são gratos e se apegam facilmente aos donos, criando laços de amor muito fortes”, finaliza a farmacêutica.