Em analogia ao dia da Visibilidade Trans celebrado no dia 29 de janeiro, o fotógrafo e maquiador Carlos Moura desenvolveu um projeto para homenagear suas clientes no dia que é a marca da sua representatividade para o mundo. Para o desenvolvimento do ensaio, Carlos contou com a participação de Dani Santos, Viviany Beleboni e Suellen Carey.
Indagado sobre a escolha das meninas que participariam do projeto, Carlos explicou o motivo da escolha de cada uma. “A Suellen eu queria representar um pouco da história dela na luta pela sua imagem e o preconceito que ela sofre ou já sofreu; a Viviany para retratar sobre as oportunidades de trabalho no meio trans; e a Dani referente ao seu momento de transição” disse o fotógrafo.
Ressaltando que a proposta do ensaio é uma homenagem para elas. “Meu objetivo aqui hoje é dar o direito delas serem representadas em todas as áreas possíveis, seja na área de trabalho, oportunidades, uma forma de enaltecer a luta dessas mulheres” destacou.
Para Suellen Carey, o preconceito sempre vai existir. “Desde que me assumi uma mulher trans, o preconceito faz parte da minha vida. Seja um comentário na rua, uma ofensa em uma rede social, ele sempre está presente. Sempre querendo ofender minha luta de ser quem eu sou, é duro, mas a gente tenta lidar dia após dia”
Dani Santos, mais conhecida como Pipoca, conta para gente sobre a importância do dia da visibilidade trans. “É importante ter a visibilidade nas adversidades e conquistas que a comunidade trans passa, independente do momento em que ela se encontra. É uma forma de fazer valer a nossa luta” comentou.
Em processo de transição, Dani nos conta detalhes desse momento. “Minha transição é algo íntimo que só eu sei como lidar com essa jornada. Sofro dificuldades com a imagem que vejo no meu espelho e as vezes acabo sofrendo calada até com comparações feitas por mim e pela sociedade. Mas apesar de tudo, tenho orgulho por quem eu sou e de me chamar de uma mulher trans, e tenho a sorte de estar unida com várias pessoas como eu ao meu redor para dar apoio uma a outra” falou.
Viviany Bebeloni, outra convidada, relata como são as oportunidades de trabalho para uma pessoa transsexual. “É uma comunidade que sofre com a falta de oportunidade, nem 10% da população trans tem um emprego formal por conta do preconceito. É um problema social que precisa ser enfrentado, debatido e não ficar sufocado por uma sociedade que prega pela igualdade mas não retrata essa igualdade de forma concreta” finalizou.


















