“Embalos de Sábado à Noite”

João Victor Martins é um jovem escritor recifense. Desde criança sentiu interesse em histórias e na forma como elas eram contadas. Quase todas as coisas do mundo ao seu redor eram questionadas, não a terceiros, mas a si mesmo. Percebendo que nada nesse mundo surge do nada a paixão pela escrita floresceu (o que ele descreve como fortes impulsos de criação). Num desses impulsos aos sete anos, escreveu o seu primeiro conto: “O Pulo do Gato”, que continha narrativas sobre misteriosos roubos a grandes joalherias em uma rua famosa. O conto havia sido escrito no caderno que usava na escola, então acredita-se que ao fim do ano, o caderno tenha sido jogado fora e o conto nunca concluído. Ainda acredita no mercado de escrita que o país costumava ter. Embora escreva fielmente sob gênero fantasia, também escreve dramas High School e romances clássicos. Seu primeiro livro de poemas, Embalos de Sábado à Noite, está sendo finalizado para publicação e em breve estará disponível na Amazon.com.
Embalos de Sábado à Noite é um livro de poemas inteiramente escrito baseado em lembranças e fatos. Dividido em duas partes como Sombras e Luz, Solidão e Companhia. As duas fases possuem linguagem clássica e contemporânea. Embalos faria menção a sentimentos, então o título como um todo, pode ser compreendido como sentimentos diferentes vividos numa única noite de sábado. Victor Balder (pseudônimo de João Victor Martins) conversou com o É Pop.

ÉPNW: Qual a sensação de finalmente estar realizando um grande sonho?

VB: Um grande sonho realizado significa um grande esforço, quando percebi que era o que eu mais gostava de fazer resolvi planejar para que acontecesse, algumas pessoas encaram isso como algo difícil de alcançar, mas eu já tenho metade das minhas mãos nisso, risos. Me sinto muito feliz de ver as pessoas se envolvendo com o que produzo, é bom explicar as etapas de criação, é como convidá-los a minha casa, adoro ver o contentamento das pessoas em ler e viajar pelo mundo que eu arquitetei desde cedo.

ÉPNW: Como foi o processo de criação das histórias, suas inspirações e quais são as suas pretensões com elas?

VB: Para Embalos de Sábado à Noite, meu processo de criação fluiu bem naturalmente, tanto que eu realmente sabia que em algum momento estaria com tudo pronto. Os poemas foram criados à medida que os impulsos criativos surgiam, eles surgiam lembrando dessas noites solitárias e de como eu gostaria que as coisas fossem, com quem eu gostaria de estar naqueles lugares se eu pudesse ser amado por alguém. Sobre minha pretensão com as inspirações e histórias, eu estou muito satisfeito com o que essas lembranças me deram, tentei colocar todo o meu sentimento daquela época nas páginas, eu sabia que aquilo não iria mais voltar da mesma forma, acho que percebi que não me sentiria solitário por muito mais tempo. Felizmente isso se repete em outro livro.

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ÉPNW: O livro se destina a que tipo de público?

VB: No início eu pensava em colocar as palavras de um jeito que qualquer pessoa pudesse ler, mas depois de um tempo, conforme o livro crescia, eu percebi que teria de sacrificar o conteúdo artístico do livro para adequá-lo a um nível Livre de classificação. Embalos de Sábado à Noite possui alguns poemas com linguagem erótica (não confundir com termos vulgares e obscenos) então definitivamente não é um livro que gostariam de ver com crianças.


ÉPNW: Fala um pouquinho pra gente sobre o tema geral e o que levou você a escrever.

VB: No primeiro lado, Embalos de Sábado à Noite fala sobre mim solitário e triste, e todo o tema se resume a isso: Diferentes pessoas que eu poderia ter conhecido naquela noite, pessoas que eu agradeci por não estarem mais por perto, o sentimento de não saber o que a vida significa e tentar ir em busca de respostas para isso sem sair de casa. No segundo lado, Embalos de Sábado à Noite se mostra de uma forma muito mais madura e esperta. A forma de escrever por si só destaca o descobrimento de uma finalidade para a vida, marcada pela certeza em tudo que se fala, porque a partir daí não existe mais pessoas ruins para me lamentar, e isso é algum tipo de felicidade. O que me levou a escrever sobre isso foi  a necessidade de dizer para as pessoas o que eu vejo. Muitos rostos passaram por mim, um ou dois tiveram pistas sobre essa coisa que acontece pelos meus olhos. A maioria nem tentou descobrir, porque é difícil acreditar em mim quando aparentemente não sou nada além de mim mesmo. No mais, eu resolvi escrever para ter uma resposta para minha mente e para elas, para me dizer que eu posso falar tudo o que eu gostaria de ter dito mesmo agora, de forma benéfica.

Para conhecer mais sobre o escritor, acesse sua página no Facebook: https://www.facebook.com/victorbalder.

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