Gravadora MNF Music lança álbum inédito de cantor 10 anos após sua partida

Mauro Sérgio: o retorno póstumo de um ícone da música romântica, resgatando composições autorais encontradas em fita K7

Uma década após nos deixar, o saudoso cantor e compositor Mauro Sérgio está de volta às paradas com um álbum póstumo que promete emocionar os fãs e apresentá-lo para toda uma nova geração. “Arquivo Pessoal: Últimas Canções”, lançado pela gravadora MNF Music, traz 11 músicas inéditas e autorais, resgatadas de uma fita K7 encontrada por seu sobrinho, o produtor musical Erik Figueiredo.

Dono de uma voz marcante e de composições que tocam o coração, Mauro Sérgio foi um dos grandes nomes da música romântica brasileira nas décadas de 70 e 80. Nascido em São Paulo, ele começou a carreira em 1967 pela RCA Victor, emplacando seu primeiro sucesso com “Eu Te Amarei”. Logo chamou a atenção de ninguém menos que Silvio Santos, que o contratou para o quadro “Os galãs cantam e dançam, apresentado por Silvio Santos” de seu programa.

Nos anos seguintes, Mauro Sérgio passou por diversas gravadoras, como Beverly, Copacabana, Chantecler e Som Livre, colecionando hits e fazendo muito sucesso com versões de músicas internacionais. “O Fim”, versão de “The End”, e “Serenata” estão entre seus maiores clássicos. Em 1977, ele emplacou “Amar é Nunca Precisar Pedir Perdão” na trilha da novela Locomotivas, da TV Globo.

Sua trajetória também foi marcada por altos e baixos, parcerias e desentendimentos. Seu cunhado Rosvaldo Cury, recentemente retratado na minissérie “As Aventuras de José e Durval” sobre a dupla Chitãozinho e Xororó, foi um importante aliado no início, ajudando-o a gravar na Beverly. Já outro cunhado, Eron Figueiredo, o levou para a gravadora paranaense Randall Recorddi nos anos 80.

Mesmo após se afastar dos estúdios e dos palcos, Mauro Sérgio nunca abandonou a música. Ele continuou compondo e sonhava em gravar um novo álbum. Trabalhou como fiscal do Ecad em São Paulo, no departamento de produção da MNF Brazil em Santa Catarina e até no cemitério particular de Rosvaldo Cury. Infelizmente, ele nos deixou em 29 de março de 2014, aos 69 anos.

Mas seu legado estava longe de ter um ponto final. Em 2024, organizando os pertences do tio, Erik Figueiredo encontrou uma fita K7 com gravações caseiras de Mauro apenas com voz e violão. “Foi uma emoção indescritível ouvir aquelas músicas, era como se ele estivesse cantando ali na minha frente de novo”, conta Erik, que já produziu DVDs de artistas como Demis Roussos e Nazareth.

Através de tecnologia e inteligência artificial, a voz de Mauro Sérgio foi extraída da fita K7 e músicos foram contratados pela MNF Music para criar arranjos e concluir a produção das 11 canções encontradas. “É um verdadeiro presente para os fãs e para a música brasileira. Mauro tinha uma sensibilidade única para traduzir sentimentos em melodias e letras. Esse álbum mostra todo seu talento como compositor também”, afirma um representante da gravadora.

Com produção caprichada, “Arquivo Pessoal: Últimas Canções” traz a essência de Mauro Sérgio em músicas inéditas e autorais. O primeiro single “Fica Fácil de Viver” já está disponível no YouTube e o álbum completo pode ser encontrado em todas as plataformas digitais. Mais do que um resgate afetivo para os fãs saudosos, é uma oportunidade de perpetuar e apresentar o legado desse grande artista para novas gerações.

Ouça agora o álbum póstumo de Mauro Sérgio, um lançamento MNF Music:

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