Paixão pelo Inter: Vane K conta a sua relação de amor com o Colorado

Cantora abriu o coração e sua casa para mostrar a paixão pelo seu time

Ela é gaúcha, tem 28 anos, e é uma das personalidades que mais cresce no cenário musical na atualidade. Vanessa Kreuz, conhecida nacionalmente como Vane K, é detentora de sucessos como “Não Precisa (Eu bem que falei)” e o mais recente, lançado este mês, “Vem pra casa”. Mas o que pouca pessoas sabem é que a artista tem outra grande paixão na vida além da música: o Internacional, famoso “Colorado” do Rio Grande do Sul.

A primeira lembrança ‘colorada’ foi com pouco mais de 6 anos de idade, quando ganhou do irmão a primeira camisa oficial do time. A partir daí nasceu uma nova torcedora fanática do Sport Clube Internacional. O amor do irmão pelo time foi o primeiro passo para Vane K começar a torcer, na época em que os jogos de futebol eram transmitidos pelo rádio e não pela TV (como são exibidos hoje pelos sistemas de pay per view). A ela restava o pequeno rádio de pilhas e a emoção de cada narração.

Segundo a artista, ela foi se apaixonar na pior época do Colorado; nos anos 90, época em que o Grêmio ganhava tudo, e o Internacional nem nas finais chegava. Mas o seu amor, dedicação e paixão pelo time permaneceram intensos e ela nunca pensou em trocar de time. Chegou a questionar Deus o porquê de seu time querido não ganhar nada enquanto o rival continuava conquistando todos os campeonatos: Brasileiro, Libertadores e Mundial.

O pai, gremista, viajava o mundo para ver o time do coração. Ela, colorada, não tinha nada nem parecido. Mesmo quando o Grêmio perdia, o pai voltava de viagem tentando mostrar que valia a pena torcer para o rival do Inter.

Vane K recorda que, em 2002, com o Internacional as portas da série B, ela percebeu o amor grandioso que tinha pelo time e não se importa que a chamem de fanática. O jogo era em Belém do Pará, o time precisava vencer a qualquer custo e, além da vitória, dependia de resultados paralelos. Ela ouvindo o jogo no seu quarto e o irmão na sala. O jogo acabou, ele abriu a porta, olhou para a irmã e uma lágrima de alegria escorria no rosto dos dois: o time conseguiu ficar no grupo.

Depois de alguns anos, o Inter voltou a disputar campeonatos internacionais como a Sulamericana. A cantora nunca tinha visto o Inter disputar uma competição assim. O time disputou com o Boca Juniors, na Argentina. Programa de índio, 16 horas na estrada ató o país dos hermanos com mais 40 homens, e apenas uma mulher de companhia. Chegou no hotel, tomou banho, comeu um lanche e foi pro estádio. A Bombonera tremia, o Inter saiu ganhando de 1×0, com gol de Rafael Sóbis. Ela ficou em êxtase: o time que nunca ganhava e não tinha tradição, estava na frente. Aí jogaram uma bomba no goleiro e, no fim, perderam o jogo. Foi um banho de água fria.

Para dar uma ideia do amor da gaúcha, ela conta como manteve a tradição de escutar todos os jogos do Inter mesmo fora do país. “Em 2005 eu não estava no Brasil, estava na Austrália fazendo intercâmbio. Eram mais de 12 horas de fuso entre os dois países e os jogos aqui no Brasil aconteciam às 16h, então eu acordava às 4h da manhã, e ligava para ouvir o jogo do Internacional. Quando os jogos aconteciam mais tarde, e eu estava na escola, eu saía da sala para ir ao banheiro quando na verdade ia verificar o resultado do jogo. Acabei conhecendo um amigo, brasileiro também e que torcia para o Fluminense, que fazia a mesma coisa. Acompanhamos todo o Campeonato Brasileiro nessa situação.”

De volta ao Brasil, Vane K viu o Inter ir para a Libertadores, no primeiro jogo da final contra o São Paulo. “Fui para São Paulo com meu irmão, e estava com medo. Fomos “à paisana”, compramos até uma bandeira do SPFC. A gente conseguiu passar pelo pessoal, o Inter ganhou o jogo e lavamos a alma, eu chorava e na saída tivemos que ser praticamente escoltados.”

O jogo de volta foi no Beira-Rio, e foi apelidado de ‘Jogo do Fernandão’. “Ali eu acreditei que todos os meus sonhos poderiam se realizar, porque desde pequena eu sonhava em ver o inter campeão, disputando a Libertadores. Ver o Inter campeão era um dos maiores sonhos da minha vida. Quem é fanático entende; quem não é, nunca vai saber”, comenta a cantora. “Eu chorei na semi final contra o Libertad, muito. Porque tinha a certeza que ia pra final. Em 2010, fui para Dubai, toda a família junto para curtir e torcer pelo Inter. Meio parecido com Buenos Aires, chegamos de noite e descansamos, depois fomos para o estádio. O jogo era cedo, Inter contra Mazembe. Mas subestimaram o africano e o Inter começou perdendo o jogo. Perderam gol, o time não estava com boa presença em campo. A partir daí começou a passar um filme na minha cabeça: o Inter perdeu de 2 a 0, e eu continuei em Dubai por mais dez dias mas já tinha perdido a graça. Foi a maior vergonha na história do Internacional, com certeza.”

Mesmo depois desse fatídico dia, a paixão de Vane permanece. Ela vai a todos os jogos que pode e, quando tem show ou algum outro compromisso, sempre dá um jeito de verificar o placar. A cantora não mede elogios para os jogadores que considera os destaques do elenco atual, o goleiro Danilo Fernandes e o volante Rodrigo Dourado. Mas se tivesse a oportunidade de conhecer um jogador que marcou sua história como torcedora colorada, seria o chileno Valdívia. “Sempre que vou ao estádio, fico no mesmo lugar nas arquibancadas. Em uma das partidas, o Valdívia fez um gol e a foto do momento foi capa do Zero Hora. Eu apareço no canto da imagem, no meio da torcida vermelha. Não deu outra: comprei o jornal e mandei emoldurar.”

No próximo dia 16 de agosto o Sport Clube Internacional comemora 10 anos da conquista da Libertadores e a casa da cantora com certeza será palco de comemoração colorada. “Apesar dos altos e baixos, me orgulho demais de fazer parte dessa torcida. Sempre vai ser uma das minhas grandes paixões, sem dúvida alguma”, finaliza a artista.

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