Psicólogo e escritor Alexandre Bez explica os fatores comportamentais gerados pelo uso do crack
Poucas são as cenas que retratam na íntegra o efeito devastador de uma desgraça que acontece na vida real. Na novela “Verdades Secretas”, podemos ver a degradação de uma linda mulher, a personagem Larissa (Grazi Massafera), que chega ao fundo do poço pelo uso das drogas.
O crack, droga usada pela personagem da trama, descaracteriza todas as condições de humanidade que uma pessoa tem. Ele literalmente remete a pessoa à sarjeta. Em alguns casos, ou na maioria deles, o sexo começa a ser usado como moeda de troca e a pessoa ignora todas as normas de higiene, se destruindo gradativamente, num percurso praticamente irreversível. “A droga não combina com nada e nem com sexo, porque ela desvirtua o prazer substancial proporcionado pela ação, aniquilando-o.”, diz o psicólogo e escritor Alexandre Bez.
Em “Verdades Secretas”, os estágios da degradação psicofísica mental de Larissa adquire todas as fases da verossimilhança, sendo sua precária e atual condição existencial, totalmente condizente com o envolvimento das drogas e em especial o crack.
“O uso frequente do crack leva a paranoia, comportamentos violentos, irritação, ideias delirantes, tentativas de suicídios, estados de euforia, ansiedade exacerbada, severa taquicardia, excitação extrema e respiração alterada, acompanhado de uma importante “fissura”. Essa droga é tão potente que vicia já na segunda tragada, levando 10 segundos para atingir o cérebro.”, afirma Bez.
Para o psicólogo, a melhor cura para o crack é a distância TPA (Total, plena e absoluta). Assim como também se afastar das companhias que possam aproximar essa avassaladora destruição aos seus domínios mentais e físicos, que traz a sensação ilusória de bem estar e poder em seu consumo. Depois de seu efeito vem a depressão e o abandono total da qualidade de vida.
A dica do psicólogo: “Não entre nessa roubada, respeite sua vida!”
