Muitos profissionais têm uma rotina marcada por conflitos, excesso de obrigações e falta de tempo. Para alguns, certos ensinamentos da ioga podem ajudar a aliviar esses problemas. De facto, seguir os conselhos básicos desta filosofia, pode permitir mais facilmente atingir a paz interior e fazer melhores escolhas na sua carreira.
Tal perspectiva é defendida pelo economista Gustavo Dauster, que adotou o nome espiritual de Giridhari Das e estuda a disciplina há 17 anos.
De acordo com o economista, o ioga ensina que o sucesso e a felicidade estão ligados ao foco no momento presente e ao cuidado com a vida interior. “Quem não estiver bem alinhado consigo mesmo dificilmente será um bom profissional”, afirma Giridhari.
Ele explica também que a base da prática de ioga é o que se chama de “dharma”. Em sânscrito, a palavra quer dizer “viver uma vida centrada em cumprir o seu dever”.
Giridhari afirma que, no contexto do trabalho, pode-se entender esse dever como a vocação profissional. “Honrando esse compromisso, você otimiza seu potencial produtivo e consegue viver uma vida plena” diz o economista.
Giridhari listou os deveres do indivíduo ditados por ioga que podem ser aplicados ao comportamento profissional.
1. Deveres psicofísicos
Segundo os princípios do ioga, o indivíduo precisa respeitar a sua própria natureza para ser feliz. No âmbito da carreira, isso significa procurar um trabalho ligado à sua vocação. Quem busca uma profissão apenas por dinheiro, prestígio ou estatuto sofrerá dia após dia.
2. Deveres naturais
A natureza de uma pessoa inclui também as suas necessidades físicas. O segundo dever ditado pelo ioga é procurar adequadamente comer, dormir, trabalhar e se divertir. Na opinião do especialista, o desequilíbrio dessas funções anda epidémico atualmente – e as consequências são nefastas.
3. Deveres ocupacionais
A filosofia da ioga frisa a importância de se fazer um trabalho bem feito, não para agradar aos superiores, mas para se satisfazer internamente com um dever cumprido. A maioria dos profissionais bem-sucedidos invariavelmente ama o que faz – e isso não é à toa.
4. Deveres pessoais
A ioga recomenda não descuidar dos relacionamentos pessoais durante a vida. Embora o trabalho tenha uma função central na rotina, ele não deve ser a razão de viver do indivíduo. A preocupação com a carreira não deve asfixiar a vida familiar, especialmente a função de pai e mãe.
5. Deveres civis
Além da preocupação com a carreira e com a vida familiar, o indivíduo precisa pensar no seu papel para a sociedade em geral. Vale fazer perguntas como “estou fazendo algo para melhorar o mundo?” ou “minhas ações causam algum impacto social, psicológico ou ecológico?”.
6. Deveres universais e transcendentais
Segundo os princípios da filosofia asiática, é importante valorizar o seu verdadeiro eu. Daí a importância da meditação e do cultivo da espiritualidade para os iogues. Independentemente das crenças individuais de cada um, é fundamental buscar um contato com a sua vida interior.
Tal procura interior leva-nos a encontrar felicidade, resiliência e serenidade no trabalho, diz Giridhari. O especialista ainda recomenda fazer exercícios de respiração, além da meditação, para obter mais foco e clareza mental.
Fonte: Canna Club