Tia Ju é madrinha da Feira de São Cristóvão, que completa 75 anos

Espaço mantém viva as tradições nordestinas

A Feira de São Cristóvão – Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas (CMLGTN) , também chamada de Feira dos Nordestinos, celebra mais de sete décadas mantendo viva a cultura dos imigrantes que chegavam ao bairro da zona norte da capital fluminense. O pedaço mais nordestino no Rio de Janeiro completa 75 anos e neste domingo, o tradicional bolo foi cortado. A baiana, deputada estadual e secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos fez questão de mais uma vez cortar o bolo de aniversário da Feira e recebeu o título de Madrinha da Feira de São Cristóvão.

 

“Mais um ano comemorando o aniversário da Feira de São Cristóvão. São 75 anos. Desde quando eu cheguei nessa cidade, o Rio de Janeiro, eu comemoro o aniversário da Feira. A Feira é minha vida. Eu sou baiana de origem. Nordestina de raça, no sangue, na veia, e não poderia deixar de estar nesse aniversário. A Feira é a cara do povo brasileiro. São diversas gerações: de pai para filho e de filho para neto. Que venham muito mais anos para a Feira de São Cristóvão”, disse a deputada e secretária, Tia Ju.

 

As comemorações, seguindo as Regras de Ouro, devem seguir até o final do ano com lives temáticas. Pela primeira vez na história do equipamento municipal uma mulher e ex-feirante é a gestora do local, Magna Fernandes fala do seu desafio.

 

“Sou paraibana e tenho muito orgulho. Parece que foi ontem que eu puxava lona e hoje estou como gestora. É um desafio diário, uma responsabilidade, que eu encaro de frente. Estamos no clima da reabertura e seguindo as Regras de Ouro da Prefeitura. Essa retomada e reabertura nos enche de orgulho e uma certeza: temos muito trabalho pela frente”, afirma a gestora municipal Magna Fernandes.

 

O pavilhão abriga cerca de 700 barracas com comida típica, ingredientes e temperos da culinária regional, artesanato e objetos do folclore nordestino.

 

O espaço fica aberto ao público na sexta das 10h às 20h, no sábado das 10h às 22h  e no domingo de 10h às 20h.

 

História da Feira de São Cristóvão

 

Os primeiros movimentos por ali começaram em 1945, quando retirantes chegavam ao Campo de São Cristóvão em caminhões, para trabalhar na construção civil. O fim da viagem e o reencontro com parentes e conterrâneos que já estavam no Rio eram comemorados com muita música e comida. Essa celebração informal deu origem à Feira, que permaneceu no entorno do Campo por 58 anos.

 

Nos anos 1960, foi construído, com projeto do arquiteto Sérgio Bernardes, o Pavilhão de São Cristóvão, que tinha o objetivo de abrigar exposições internacionais.

 

Até o final dos anos 1980, o local recebeu importantes eventos, como o Salão do Automóvel e feiras industriais. Mas isso não afastou os comerciantes, e as barracas eram montadas e desmontadas todos os fins de semana.

 

Em 2003, o antigo pavilhão foi reformado pela Prefeitura e a Feira – já legalizada desde 1982 – começou a funcionar dentro do Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas. Os trabalhadores ganharam boxes de alvenaria e cobertura, no espaço de 34 mil metros quadrados. O local possui três palcos e cinco praças com nomes de artistas e cidades nordestinas. Uma estátua em tamanho natural de Luiz Gonzaga, “O Rei do Baião”, dá as boas-vindas a quem chega.

 

Em dezembro de 2008, a Prefeitura declarou o Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas Patrimônio Cultural dos Habitantes da Cidade do Rio de Janeiro, a fim de preservar o espaço e as características nordestinas ali representadas. Em 2010, uma lei federal tornou a Feira de São Cristóvão Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

 

Serviço

 

75 anos de Feira de São Cristóvão

Onde: Feira de São Cristóvão. Campo de São Cristóvão, s/n. Bairro de São Cristóvão. Zona Norte do Rio de Janeiro.

 

Funcionamento: na quinta, das 10h às 20h. Sexta das 10h às 20h, no sábado das 10h às 22h e no domingo de 10h às 20h. Sábado e domingo R$5 a entrada.

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