O curso QG do Enem promove uma aula ao vivo e gratuita de redação para ajudar aqueles que estão se preparando para o próximo Enem – Exame Nacional do Ensino Médio. Na próxima quarta-feira (30) às 20h, o professor Rafael Torres, especialista na área, vai dar dicas e ajudar a evitar os principais erros na prova. Para confirmar a presença os interessados devem acessar o evento na fanpage . A aula será transmitida pelo endereço www.aovivo.enem.com.br. Durante a transmissão, o professor também responderá a dúvidas enviadas através do chat. Saiba mais em http://bit.ly/RedacaoMarco.
No Enem 2015 muitos candidatos perderam pontos em Redação porque ignoraram uma palavra do tema: “persistência”. E não perceber esse vocábulo levou muitos a deixar de citar passagens históricas sobre a violência contra a mulher no Brasil. Essa análise parcial é um dos erros mais comuns nas redações do exame. Segundo Torres, ‘ter em mente as principais palavras-chave do tema proposto, antes de começar a escrever, diminui os riscos de um desvio da abordagem solicitada’.
O objetivo é ‘traçar esse ‘mapa do erro’, com a lista dos principais desvios em dissertação argumentativa e chamar a atenção do candidato para que perceba esses enganos frequentes e saiba como evitá-los. Os apontamentos (veja exemplos abaixo) englobam as cinco competências cobradas pelo Enem, as quais valem 200 pontos cada.
Veja alguns dos erros mais comuns na Redação do Enem, segundo Rafael Torres:
# Crase – o problema não é a falta dela, mas a ocorrência de um fenômeno conhecido como hipercorreção, ou seja, com medo de contrariar a Norma, o estudante vai além do que é exigido. No caso da crase, utiliza-se o acento grave em contextos onde seu uso é condenado, principalmente diante de verbos ou palavras femininas que, apesar do gênero, não aceitam crase, como, por exemplo, “ela”.
# Concordância Verbal – o desvio da Concordância Verbal se agrava devido ao fato de não ser tão claramente descoberto em revisões do texto. Fique atento ao optar pela inversão da ordem direta de certas orações, já que o sujeito sai de sua posição original, aumentando a tendência de ser ignorado na escolha da conjugação verbal.
Exemplo: São necessárias mudanças urgentes. (Certo)/ É necessário mudanças urgentes. (Errado)
# Tangenciamento do tema – priorizar a análise parcial do tema, ignorando eixos fundamentais de discussão (palavras-chave) provoca perda frequente de pontos. Temos o exemplo citado na abertura da matéria: o tema da redação do Enem 2015 “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. Ignorar abordagens relacionadas à palavra “persistência” tirou nota de muitos candidatos.
# Contradição – segundo Torres, a contradição é falha grave num texto que se pretende argumentativo. Mudar de opinião ao longo do texto ou oferecer exceções que equivalem em peso ao posicionamento que se pretendia defender, gera um efeito que tradicionalmente ficou conhecido como “em cima do muro”.
# Inconsistência teórica – na busca por sustentar mais solidamente tese e argumentos, o estudante cita dados equivocados ou carentes de comprovação, o que, quando percebido pelo avaliador, pode causar perda de credibilidade e, consequentemente, qualidade final.
# Repetição vocabular – usar uma mesma palavra em várias ocasiões próximas, compromete a progressividade do texto e a percepção do avaliador quanto à capacidade vocabular do candidato.
# Ausência do agente – omitir a origem da iniciativa da proposta de intervenção também reduz pontos na prova. A dica é atribuir a responsabilidade da solução proposta a elementos sociais em especial, o que aumenta a qualidade do texto como um todo. Por exemplo: iniciativa privada, ONG’s, Estado, instituições escolares, cidadãos comuns.