A caminhoneira Marcela Porto, conhecida como Mulher Abacaxi, diz que mulheres trans tem o mercado de trabalho limitado
A primeira ring girl transex do Brasil e caminhoneira de profissão, falou sobre o preconceito que ainda hoje permeia a sociedade e sobre o fato de muitas pessoas não aceitarem os direitos dos transgêneros no Brasil. “Hoje em dia as pessoas generalizam e tentam ridicularizar homossexuais em geral. Com as transsexuais acho que se torna pior, pois nos limitam aos clichês de sempre. Temos de ser cabeleireiras ou se envolver em prostituição”, afirma a cantora.
E continua: “Essa é uma visão totalmente deturpada de gente preconceituosa, que não conhece nosso potencial e que ainda vive na pré-história, A mulher não tinha direito a nada, apenas de servir ao homem. Com muita luta‚ apesar de ainda existir desigualdade‚ hoje conquistaram os seus direitos. Nós mulheres trans temos que nos unir e lutar pelo nosso espaço e por igualdade. Queremos poder ser medicas advogadas‚ professoras, ou outra profissão e, com todo o respeito a essas profissionais maravilhosas, não só cabeleireira ou ser obrigada a se prostituir”‚ afirma Abacaxi.